segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Tão perto, tão longe.

A vida é assim mesmo. Às vezes estamos tão próximos de conseguirmos determinadas coisas, às vezes estamos tão longe delas. Durante toda a nossa existência haveremos de viver com este, por vezes incompreensível, fato de estarmos tão perto e tão longe.
Na ultima semana estive no cinema assistindo o terceiro filme da série As Crônicas de Nárnia – A viagem do peregrino da Alvorada, baseado na clássica obra de C.S.Lewis. Um filme com mensagem nitidamente cristã e que tem como figura central o grande leão Aslan, que fica evidenciado ser o próprio Jesus. Uma das cenas que mais me chamou a atenção é quando os viajantes (personagens) do filme estão próximos do País de Aslan, na verdade uma menção a Jerusalém celestial. Eles estão separados deste país por um grande muro de águas que os impede de passar. Conhecer aquele país é o grande sonho dos habitantes de Nárnia, mas todos os que foram não voltaram para dizer como é por lá.
Esta cena trouxe-me o pensamento de que a plenitude da vida espiritual é assim. Estamos sempre próximos a alcançá-la, no entanto, por um pouco não conseguimos chegar lá. Esperamos por ver nossas lutas se acabarem, nossos problemas serem resolvidos e sentirmos a sensação de que agora tudo está tranquilo, mas infelizmente não é assim. Nossos dias podem ser mais pesados do que gostaríamos que fossem. E a luta contra o pecado pode ser mais difícil do que imaginamos. Esta é a nossa caminhada. Uma marcha muitas vezes descontínua e pesada, mas que não há como fugir e temos que enfrentá-la ainda que muitas vezes nos pareça ser insuportável ir em frente.
O livro de Hebreus 12:1 nos fala do “pecado que tenazmente nos assedia”, quer dizer, daquilo que está incansavelmente diante de nós tentando desviar nossa atenção. Jesus alertou-nos para o fato de que devemos vigiar e orar, para que não entremos em tentação; “o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca” - (Mc. 14:38). É neste ponto que podemos observar o quanto estamos tão próximos e o quanto ainda estamos tão longe de nos aproximarmos da “medida da estatura da plenitude de Cristo” Efésios 4:13.
Nossa jornada espiritual ainda continua em meio a este turbilhão de coisas a serem feitas. Pecados a serem deixados, virtudes a serem aperfeiçoadas, e a fé, que ocupando o nosso coração certamente nos trará toda a “sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo Jesus” – Efésios 1:3.
Dos viajantes do filme de Nárnia, apenas um entrou no País de Aslan, pois estava preparado e sua missão cumprida. Assim somos nós, hoje vemos a plenitude da vida espiritual como uma imagem imperfeita num espelho embaçado, mas depois veremos face a face. Agora o nosso conhecimento é imperfeito, mas depois conheceremos perfeitamente, assim como somos conhecidos por Deus - 1 Coríntios 13:12. Esperemos confiadamente em paz!
Matheus Felipe Santiago

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

MEU SABIÁ FAVORITO!

Meu sabiá favorito tem seu ninho perto donde moro.
Saindo com minha cachorra pela rua encontrei-o cantando alvissareiro acima de uma árvore.
Chamo-o de favorito porque ele canta belamente todos os dias, de manhã bem cedo e no fim da tarde.
Meu sabiá favorito na verdade canta seu belo canto na contramão do bairro.
Seu canto doce e suave, quase sempre, destoa do barulho dos carros, caminhões, ônibus e da construção crescente de prédios.
Ele canta altaneiramente, quase na copa, informando a todos que passam pelo lugar que aquela área por menor que seja ainda é dele.
Seu canto mais parece um hino à resistência, pois me lembra onde está a verdadeira beleza da vida.
Os prédios ocupam seus espaços, transformam, organizam e transtornam a vida das pessoas, no entanto, estas mesmas insistem em achar que a beleza da vida está naquilo que aos olhos sobressalta e pela imponência assombra os que à rua passam.
Em meio à exorbitante quantidade de prédios que me cerca com suas sombras frias e tristes, meu sabiá favorito resiste bravamente já pelo segundo ano.
Talvez ele já estivesse à bem mais de dois anos, no entanto, meus ouvidos entretidos pelos barulhos ao redor, não conseguiam ouvi-lo.
Não sei ao certo por quanto tempo haverei de ouvi-lo, mas somente o fazê-lo quase todos os dias, me traz a lembrança de que o verdadeiro sentido de viver está nas coisas pequenas e simples da vida.
O canto do meu sabiá favorito é um hino de louvor a vida. Quando o ouço, oro e agradeço a Deus a vida e peço sempre a Ele que me dê sabedoria para buscar nas coisas símplices, bons motivos para cantar.
Meu sabiá favorito resiste bravamente, ele não se acuou nem tampouco fugiu para as matas, com medo do homem, no entanto, manteve-se firme no seu propósito de lembrar a todos que é possível ter motivos para tristezas, mas Deus em sua sabedoria nos dá motivos de sobra para nos alegrarmos.
Meu sabiá favorito não reclama do seu pequeno grande reinado, a árvore da esquina, no entanto ele canta ao Senhor que o criou, porque sabe no seu instinto que aquilo que o liga ao seu Criador é maior do que aquilo que as circunstancias da vida o limitam.
Ao ouvi-lo agradeço ao Senhor por ter apresentado o meu sabiá favorito, e, por mesmo sendo tão pequeno ter-me ensinado um pouco mais sobre o cuidado e a providência de Deus.
Por isso é que eu sigo cantando e aprendendo com o belo exemplo do meu sabiá favorito.
Fique em Paz!

sábado, 30 de outubro de 2010

Deus não é brasileiro, mas somos abençoados

Privilegiados com tantas riquezas naturais, crescemos ouvindo que Deus era brasileiro. Mas são tantas e tão profundas nossas mazelas e chagas, incompatíveis com o nível de desenvolvimento econômico, que dificilmente deveríamos considerar a brasilidade divina - somos, afinal, uma nação de desprotegidos. Quando assistimos ao tumulto gerado por Bin Laden, a ponta mais visível e doentia dessa mescla explosiva de radicalismo político e fanatismo religioso, vemos, porém, que, sob certo aspecto, o Brasil é abençoado. Somos vítimas cotidianas da estupidez da miséria, mas, por enquanto, estamos livres da estupidez dos conflitos regionais, religiosos e raciais, ingredientes que estão por trás do temor de que os ataques ao Afeganistão detonem nova onda de atentados terroristas e agucem crises internas em países árabes. Não temos conflitos de fronteiras com o um único país. Sabendo quanta custa e quanta energia demanda conflitos desse gênero _ basta ver os bilhões gastos por nações pobres como Índia ou Paquistão, por exemplo_ podemos dizer que, apesar de tudo, somos abençoados.
Gilberto Dimenstein

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

O trabalho nosso de cada dia!

"Então entendi que nesta vida tudo o que a pessoa pode fazer é procurar ser feliz e viver o melhor que puder. Todos nós devemos comer e beber e aproveitar bem aquilo que ganhamos com o nosso trabalho. Isso é um presente de Deus". Eclesiastes 3:12-13 (NTLH)

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Mineiros 2

O grande exemplo deixado pelos mineiros chilenos para todo o mundo é que todos os homens podem e devem, independentemente de suas diferenças, viverem em comunidade. O que prevaleceu naquele lugar não foi o interesse de um sobre o outro, mas certamente o viver em comunidade, o bem comum. Viver juntos não significa ser igual a tudo e a todos, mas estabelecer pontes em prol de um mesmo objetivo, de um mesmo alvo. Cada um certamente fez a sua parte e a sua parte fez toda a diferença no todo. Lembrei-me do que disse Paulo aos Filipenses: “Que ninguém procure somente os seus próprios interesses, mas também os dos outros”.

Mineiros 1

O exemplo vivido pelos mineiros chilenos trouxe-me a memória um livro que li quando fazia a primeira fase do curso de Direito.

O livro era "Caso dos Exploradores de Caverna", que conta a história de cinco membros de uma sociedade espeleológica que entram em uma caverna e acabam soterrados.

Depois de serem informados por um rádio que o resgate iria demorar e que poderiam morrer de fome, um dos exploradores propõe aos demais de que um deve ser sacrificado para servir de comida aos outros e propõe um sorteio para escolher o sacrificado. O proponente é o escolhido e por conseqüência morto.

O livro busca basicamente discutir o estudo do direito natural e do direito positivo durante o julgamento dos mineradores.

O final dos mineiros do Chile foi Bem Mais Feliz do que o dos exploradores de caverna.

Salve os tempos modernos que mesmo sendo por vezes os grandes algozes dos homens, ainda podem e devem ser usados para o seu benefício.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Mais divagações sobre o tempo...

Para todo o tempo debaixo do sol há um propósito.
Propósito é o que as pessoas buscam para suas vidas diariamente, no entanto, não a encontram.
E por não encontrarem se cansam... E por se cansarem, desanimam de viver.
Toda a vida humana deve ter um propósito. Sim, creio que todos tem... mas o problema é que buscam nos lugares errados, com as pessoas erradas e com as motivações trocadas.
Por correrem acham que chegarão mais apressadamente ao "alvo" que acreditam ser o grande objetivo de suas vidas, mas a máxima biblica completa o pensamento: Há tempo para tudo!
Tenho repetido isso em muitas falas minhas. Não acredito que seja demais, pois na minha opinião este é o grande problema da humanidade...
O desafio de viver o que está para ser descortinado, sem temores, sem receios.
Diante de nós está a escolha, portanto, cabe a nós decidir.
Como disse certa feita Caio Júlio Cézar: Alea Jacta Est - A sorte está lançada!
Fique em Paz!

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Tempo Para Tudo

Tenho refletido muito sobre a palavra de Eclasiastes que diz que há tempo para tudo. Fico pensando, às vezes, nas coisas que planejo fazer e naquelas que ainda não fiz, e é claro isso implica pensar no tempo que desperdicei para realizar o que se foi e no tempo que haverei de separar para aquelas que virão. Sei que pensar sobre o tema não é algo nada novo, afinal, o Pregador já falava sobre estas coisas há mais de dois mil anos atrás quando afirmou que há tempo para tudo e para todo o propósito debaixo do sol. Coisa mais intrigante ainda é quando estudo os eventos do passado. Ao lecionar ou ao estudar sobre a História viajo por alguns instantes pela civilização harapense (que deu origem à civilização indiana a mais ou menos 2.500 anos a.C.), pela reforma protestante em 1517, passando pela revolução francesa em 1789 e chegando até os dias de hoje. Através dos livros, ultrapasso um tempo de quase 5 mil anos de história. Todo um tempo vivido. Personagens, sonhos, projetos, guerras, grandes revoluções e descobertas, são todas elas colocadas debaixo de uma mesma palavra sob a qual os que se foram já viveram, nós vivemos e sobre a qual os que vierem também viverão. Esta palavra é o tempo. Os romanos designavam uma expressão para falar da fugacidade da vida e do tempo, Tempus Fugit, ou seja, o tempo foge. O tempo foge das nossas mãos como a areia seca da praia em dias de muito calor. Quanto mais a apertamos em nossas mãos mais rapidamente ela se esvai por entre os dedos. Isto significa dizer que não podemos, de modo algum, segurar o tempo nem tampouco trabalhar para tê-lo. Como afirmou o historiador francês Lucién Febvre “O mundo de ontem acabou, para sempre”; não podemos voltar atrás, pois tudo passa. “O que é já foi, e o que há de ser também já foi”... (Eclesiastes 3:15). O passado já foi e não podemos trazê-lo. O futuro é o amanhã. O daqui a pouco não pode ser descortinado. O hoje é o agora, o presente momento das nossas escolhas e das realizações. Falar assim não se trata de uma apologia ao imediatismo doentio dos nossos dias, mas uma consciência de que se de fato tudo tem o seu tempo, nós também temos o nosso e, portanto, não podemos perdê-lo. Se porventura estamos aqui para vivermos sob o tempo, vivamos conscientemente com a certeza de que somente ao buscarmos a Deus encontramos tranqüilidade e quietude aos nossos corações. Cada momento que vivemos é um presente de Deus. E aí surge a pergunta: como estamos vivendo o nosso tempo? Vivemos em busca de encontrar significado para ele no amanhã e nos esquecemos de hoje? Se é assim que você tem vivido, peça a Ele que lhe restaure a alegria do dia-dia, porque o hoje e o agora só acontecem neste exato instante. Fique em Paz!

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Mosca Morta

“Assim como algumas moscas mortas podem estragar um frasco inteiro de perfume, assim também uma pequena tolice pode fazer a sabedoria perder todo o valor”. Eclesiastes 10:1

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Mal empregada palavra

Publicado no Jornal Biguaçu em Foco em 13/08/2008
Mal empregada palavra, que quando dita em momento inoportuno, semeia inquietude e tristeza no coração. Mal empregada palavra, que quando não refreada, transforma a harmonia e a paz em tragédia, eivando os corações humanos dos mais vis sentimentos. Mal empregada palavra, que dissemina cizânia e joio, onde os trigais estavam prestes a florescer. Mal empregada palavra, que encobre a luz da Estrela da Manha, que outrora irradiava luz da vida a quem temia e a quem buscava, mas agora se tornou um simples facho, que quase nada mais ilumina. Mal empregada palavra, que apoderar-se do direito de ser maior que a Palavra da Vida. Mal empregada palavra, que só leva em conta o egoísmo e a ingratidão, esquecendo-se de que um coração ingrato é amargo e inepto. Mal empregada palavra, que surge do crédulo quando cai, e do incrédulo por desconhecimento. Mal empregada palavra. Mal rejeitada foi já se pode ouvi-la. Bem Empregada Palavra, que fascina e ilumina o coração do homem e que com seu poder evidencia: fé, graça, amor, doação. Bem Empregada Palavra, que brota do coração de todo aquele que sustenta sua vida em Deus e que se anela Nàquele que verdadeiramente é a fonte da vida: Jesus. Bem Empregada Palavra, que provém de Cristo, a Verdadeira Palavra, que legou-nos a preciosa promessa eterna de que “Passará o céu e a terra, porém as minhas palavras não passarão” (Mateus 24:35).

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

CRESCE NÚMERO DE MORTES VIOLENTAS ENTRE JOVENS

A publicação Síntese de Indicadores Sociais 2004, lançada em fevereiro pelo IBGE, revela crescimento do número de mortes de jovens associadas à violência a partir da década de 1980. O problema atinge principalmente jovens do sexo masculino com idade entre 20 e 24 anos. Segundo a publicação, eles correm um risco quatro vezes maior de morrer devido a causas externas - acidentes de trânsito, afogamentos, suicídios, homicídios, quedas acidentais etc. - que mulheres nessa mesma faixa etária. Entre 1980 e 2003, a incidência desse tipo de morte entre jovens do sexo feminino sofreu pequena variação: indo de 18 para 22 óbitos a cada 100 mil jovens. Com o sexo masculino o quadro foi outro. No mesmo período, houve aumento de 121 para 184 óbitos a cada 100 mil. Portanto, em 2003, morriam cerca de dez vezes mais jovens do sexo masculino que do feminino. O problema é melhor evidenciado quando vemos que em 1980 a taxa masculina de óbitos por causas externas era inferior a de mortes classificadas como naturais.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

A Memória Do Coração

“Espera-se a paz, e nada há de bom; o tempo da cura, e eis o terror”. Jeremias 8:15 Se fosse possível medir a nossa gratidão a Deus, nós a mediríamos com o que? Com a nossa fé? Com aquilo que recebemos? Dessa forma pergunto a você: O que é gratidão? O que é graça? GRAÇA: 1 - O amor de Deus que salva as pessoas e as conserva unidas com ele; 2 - A soma das bênçãos que uma pessoa, sem merecer, recebe de Deus; 3 - A influência sustentadora de Deus que permite que a pessoa salva continue fiel e firme na fé; 4 - Louvor; gratidão; 5 - Boa vontade; aprovação; mercê; 6 - Beleza. 1- GRATIDÃO COMO TROCA - Assim como tantos tem feito em nossos dias muitos se aproximam de Deus apenas com o propósito de receberem Dele alguma dádiva. Os leprosos queriam a cura e todos o foram, no entanto apenas um foi salvo. Vs.“15 Um dos dez, vendo que fora curado, voltou, dando glória a Deus em alta voz, 16 e prostrou-se com o rosto em terra aos pés de Jesus, agradecendo-lhe; e este era samaritano”. Gratidão tem haver com humildade - Salmos 51:17 “Sacrifícios agradáveis a Deus são o espírito quebrantado; coração compungido e contrito, não o desprezarás, ó Deus”. Aqueles leprosos sabiam que iriam ser curados, pois sem dúvida alguma já deveriam ter ouvido falar de Jesus e de seus milagres. 2- GRATIDÃO COMO FÉ - João 11:20-21 “Marta, quando soube que vinha Jesus, saiu ao seu encontro; Maria, porém, ficou sentada em casa. 21 Disse, pois, Marta a Jesus: Senhor, se estiveras aqui, não teria morrido meu irmão”. Marta e Maria esperavam a cura de seu irmão por ser ele amigo de Jesus. Elas acreditavam que ele iria chegar antes mesmo de ele morrer, no entanto não foi assim. Cristo demonstrou por meio do milagre realizado que a glória da ressurreição é maior do que a glória da cura. Jesus não queria curar a Lázaro, mas sim ressuscitá-lo. 1ª Pedro 2:19 “porque isto é grato, que alguém suporte tristezas, sofrendo injustamente, por motivo de sua consciência para com Deus”. Muitas vezes poderemos nos cansar por esperarmos a ação de Deus em nossas vidas. Salmo 119:123 “Desfalecem-me os olhos à espera da tua salvação e da promessa da tua justiça”. 3- GRATIDÃO COMO ESPERANÇA - Jó 19:25-27 “Porque eu sei que o meu Redentor vive e por fim se levantará sobre a terra. Depois, revestido este meu corpo da minha pele, em minha carne verei a Deus. Vê-lo-ei por mim mesmo, os meus olhos o verão, e não outros; de saudade me desfalece o coração dentro de mim”. Mesmo em meio a sua aflição Jó tinha convicção de que Deus o viria livrar. A lembrança do que Deus fizera por ele é o que o motivava a ser grato. Antístenes de Atenas (Atenas, c 444 a.C. — id., 365 a.C.), filósofo grego e discípulo de Sócrates afirmou certa feita que "A gratidão é a memória do coração". Em Romanos 8:24 lemos “Porque, na esperança, fomos salvos. Ora, esperança que se vê não é esperança; pois o que alguém vê, como o espera?” Calvino ainda asseverou: “seja qual for a maneira em que Deus se agrada em socorrer-nos, ele não exige nada mais de nós senão que sejamos agradecidos pelo socorro e o guardemos na memória” Coríntios 12:9 “Então, ele me disse: A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, mais me gloriarei nas fraquezas, para que sobre mim repouse o poder de Cristo”. Paz!

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

AFINAL, POR QUEM VOU À IGREJA?

Costumeiramente dizemos: a minha igreja ou a igreja do pastor fulano ou sicrano. Sempre foi assim. É da gênese humana confundir a imagem do divino e sagrado ao humano. No livro do Êxodo vemos a narrativa do povo de Israel que após ter saído do Egito tendo à frente Moisés, vagou por 40 anos rumo à terra que manava leite e mel. A peleja era grande e aquele povo enfrentou toda a sorte de coisas pelo caminho, no entanto Deus sempre providenciou o necessário para que eles pudessem sentir-se cuidados física e espiritualmente e de coração agradecido ao que Deus ia realizando durante o caminho. Em certo momento Deus fala a Moisés que ele suba no monte Sinai a fim de receber as tábuas da lei. Moisés, obediente, orienta o povo que permaneça confiante e firme enquanto ele estivesse distante durante aquele período. Enquanto Moisés está diante de Deus, o povo, que olhava mais para as mãos de Moisés do que para as obras de Deus, acreditou que estava perdido e neste mesmo instante buscou fundir em ouro um bezerro a fim de que eles tivessem para quem olhar e confiar. Creram mais nas obras humanas do que nas de Deus. Confiavam mais na carne mortal do que no Deus eterno. Exigiram excessivamente de Moisés, criticaram-no, duvidaram de sua autoridade e, por um momento, até mesmo seus irmãos, Arão e Miriã desejaram tomar o lugar dele. Olhar para os homens continua sendo ainda o grande e pesado fardo que muitos levam sobre seus ombros. Homens e mulheres são propensos a acreditar que a humanidade está acima do sublime e poderoso poder de Deus. Criam-se novas igrejas onde a cruz é trocada por placas com as fotos dos seus donos. É o apóstolo, é o bispo, é o pastor. Para estes, importa seguir aos homens e não a Cristo. Muitos andam peregrinando atrás daqueles mercenários que os possam agradar e ovacionar. São manhosos, cheios de arrogância e débeis espiritualmente. As palavras de Cristo passam ao largo do coração destes tais, porque não mudam de vida e não buscam refletir a imagem dAquele que é perfeito em todas as coisas – CRISTO. Ao contrário, andam batendo de porta em porta em busca do melhor sermão, da maior atenção, do melhor agrado. Jesus Cristo é a razão da existência de uma igreja, e esta somente se mantém de pé quando quem governa é Ele e não os homens. Nosso Senhor deixou-nos uma solene advertência quando falou àquele homem que desejava segui-lo, mas que disse: Senhor deixa-me fazer isto ou aquilo. Jesus olhou para aquele homem e disse: se alguém deseja seguir-me e prende seus olhos àquilo que é humano, não é digno de ser meu seguidor. A igreja é de Cristo e todo aquele que caminha na contramão desta verdade chama juízo para si. Disse Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida, ninguém vem ao Pai senão por mim. Assim, não são placas denominacionais, não são lideres religiosos, nem tampouco templos feitos por mãos humanas que conduzem o ser humano a verdadeira vida com Deus. E não há salvação em nenhum outro nome, dado entre os homens que importa que sejamos salvos. Prove isto e seja feliz!

COMER, BEBER OU QUALQUER OUTRA COISA

“Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus” 1ª Cor 10:31. Será que tudo o que eu e você fazemos é para a glória de Deus? Tudo mesmo? Normalmente as pessoas separam as coisas da sua vida, denominando que estas pertencem a Deus e estas outras não. Muitos são os que crêem que algumas coisas podem ser vistas e ouvidas por Deus e outras não. Separam, porque desde o momento em que iniciam a fé, não importando a idade, aprendem que para algumas coisas Deus se faz presente e para outras não. Este ensinamento, ainda que errôneo, está presente naquelas afirmações que dizem, entre outras coisas, que o templo em que nos reunimos, por exemplo, é a casa de Deus. Ora, casa é o lugar onde alguém vive, logo, se o templo é a casa de Deus é porque é lá que Deus vive. No discurso de Paulo em Atenas esta verdade fica bem elucidada quando afirma que o Deus que fez o mundo e tudo o que nele existe, sendo ele Senhor do céu e da terra, não habita em santuários feitos por mãos humanas. (Atos 17:24). No tempo da graça, nós, os que cremos e confessamos o nome de Cristo é que nos tornamos a casa espiritual de Deus, a habitação do Espírito Santo (1ªPe 2:5). Na verdade, Deus não pode estar limitado por espaço e tempo, afinal sua ação sobre o cosmo é atemporal, quer dizer, está longe de ser determinada pelo tempo humano. Ainda que homens e mulheres tenham grande dificuldade em dimensionar a grandiosidade do poder de Deus, Ele se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, foi então que vimos a sua glória como do unigênito do Pai. (João 1:14). Em Jesus o Pai se fez tempo presente, quer dizer, Ele mostrou que mesmo em toda a sua majestade e glória ele ocupa um espaço no tempo humano a fim de não mais ser visto como um ser transcendente acima da compreensão humana. Jesus é Emanuel, Deus conosco, presente e caminhando conosco diariamente e em cada momento de nossas vidas. Quando subiu aos céus, Cristo afirmou-nos que enviaria o consolador (João 16:7) e que este testificaria dele, a fim de que em nada nos sentíssemos sozinhos e desamparados. Se Deus em Cristo por meio do Espirito Santo se faz presente em nossas vidas e em cada momento dela, devemos, deste mesmo modo, fazer com que tudo nela seja para a Sua glória. Não podemos separar as nossas vidas. Não podemos viver uma vida longe e próxima de Deus, uma hora como crentes e outra como não crentes. Simplesmente não dá! É impossível, porque a nossa vida agora está oculta com Cristo em Deus (Col.3:3), significa dizer que estamos unidos a Ele e somos identificados Nele. Por isso a importante necessidade de buscarmos fazer todas as coisas para a glória de Deus, porque agora Cristo é conhecido através de nós, e nós mesmos nos reconhecemos em Cristo. Assim, Paulo enfatiza a necessidade de fazermos tudo para a glória de Dele. O verbo “façais alguma coisa”, indica um presente imperativo e constante, apontando ainda uma ação habitual e rotineira. Sendo assim, desde o comer e o beber, funções rotineiras e ao mesmo tempo tão significativamente importantes para a nossa vida, ou até mesmo o fazer qualquer outra coisa, façamos tudo para a glória de Deus. Que assim seja na minha e na sua vida.
Fique em Paz!

segunda-feira, 3 de maio de 2010

O MAIOR ARTÍFICE

O MAIOR ARTÍFICE Publicado no Jornal Biguaçu em Foco de 05/02/2010
Num dos dias de minhas férias, estando em uma praia no sul do estado, resolvi com meus dois irmãos menores, um de 12 e outro de 14, fazer uma caminhada até uma praia próxima daquela onde estávamos e por onde se podia chegar apenas caminhando. Era um dia daqueles, mar de almirante e céu de brigadeiro. O calor estava intenso, mas motivados pelo desconhecido e recobertos de protetor solar rumamos em meio a trilhas bem sinalizadas em direção àquela praia. Passamos por pedras, pequenas pontes, córregos, pastagens e trilhas de areia. Para chegar àquele local era necessário que déssemos a volta em um pequeno morro que servia de muralha a praia deserta. A certa altura, quando estávamos em uma parte mais alta, avistamos a linda praia quase deserta, fato raro em nossos dias, mas de uma beleza exuberante e extasiante. Estávamos pingando de suor e o que mais desejávamos naquele momento era o frescor que aquelas águas poderiam nos trazer. Do alto avistamos o encontro das águas do mar com as rochas do costão. Em alguns destes lugares formavam-se piscinas cheias de pequenos habitantes do mar e peixinhos coloridos. No alto, via-se um pássaro que voava distante e altaneiramente sem bater suas asas, e estas por sua vez eram erguidas apenas com a força gentil do vento que o envolvia. Arvores de todos os tamanhos, com frutos ou não. Uma grama extremamente verde e baixa que nem o mais habilidoso de todos os jardineiros poderia manter com tamanha beleza e cuidado. Borboletas multicoloridas, extremamente agitadas, voavam pelo caminho e um refrescante vento vinha ao nosso encontro mantendo nosso cansaço menor. Ao longe avistamos um gigantesco petroleiro que passava distante, parecendo um barquinho de brinquedo. Donde estávamos era tão pequeno que nossas mãos o cobriam facilmente. Era tanta beleza que de fato, não havia espaço para o homem naquele lugar, senão para contemplar toda aquela maravilha. Olhar para tanta beleza nos traz inspiração. E mais, mostra-nos que de fato é impossível vermos cenas tão maravilhosas sem remetermos nossos pensamentos a imagem de um Deus criador. Negar a existência de Deus ante estas maravilhas seria o mesmo que dizer a um pintor famoso que a obra por ele pintada não é sua, mas sim obra do acaso. Seria ainda afirmar ao oleiro que o vaso com a marca dos seus dedos não foi feito por ele, mas que é o resultado de uma grande explosão. Tal como não podemos negar as obras das mãos humanas, assim são as obras de Deus. Não podem ser apagadas porque todas elas, juntas, testemunham a existência absoluta de um Supremo Criador. Depois de chegarmos à praia e tomarmos um banho, retornamos, e, antes que o fizéssemos, refletimos sobre a grandiosidade do poder de Deus que nos impressiona com sua beleza e graça, apontando para sua existência desde a pequena borboleta encontrada pelo caminho até o imenso mar em toda a sua força e poder. A existência de Deus é tão real e viva quanto o fato inquestionável de que eu e você existimos. O céu anuncia a glória de Deus e nos mostra aquilo que as suas mãos fizeram. Sl 19:1 Pense nisso! Fique em Paz!

RENOVAÇÃO...

  “...transformai-vos pela renovação da vossa mente ...”. Rom 12.1-2   Cada situação nova que vivemos em nossa vida é a oportunidade que t...