sexta-feira, 30 de outubro de 2009

OCUPAÇÕES DO PENSAMENTO

Publicado no jornal Biguaçu em Foco de 29/10/2009
A mente humana é um intricado, complexo e majestoso órgão, responsável pela coordenação e direção do corpo humano. Ao mesmo tempo em que a mente humana é geradora de grandiosas e belíssimas coisas, é capaz destruir e arruinar tudo o que criou, reproduzindo e engendrando os mais terríveis pensamentos e questionamentos. O cérebro humano é como uma gaveta ou armário em que vão se guardando dia após dia papéis e pequenas coisas. Chega uma hora em que um espaço, de fato, é necessário, e, então somos obrigados a fazer uma limpeza livrando-nos de tudo o que não tem proveito. Igualmente deveríamos agir em relação a nossa mente, guardando apenas o necessário e essencial para viver e lançando fora tudo o que possa apenas ocupar espaço de coisas mais importantes e necessárias à vida. Mas infelizmente não é sempre assim. Somos hábeis em guardar e acumular coisas pequenas e sem importância. As gavetas e os armários do pensamento vão acumulando tristezas, mágoas, ressentimentos, medos, incertezas, frustrações, ansiedades e tudo mais que faz mal e não bem. O ser humano se preocupa com o futuro que não existe, se apega com vigor ao passado já sepultado, pois não há quem possa refazer o passado nem tampouco retocá-lo, e, acaba, por fim, não vivendo o presente. Assim, vive comprimido entre o que virá e o que já foi. Se considerarmos a vida humana como um todo de 100%, diria que 75% do tempo que gastamos nesta vida diz respeito às coisas do futuro. As pré-ocupações, as enfermidades que não existem, mas que podem vir, a sonhada aposentadoria, as contas que vencerão, as festas de fim de ano, entre outras. Os outros 20%, seriam apontados como aqueles dedicados ao passado, às lembranças negativas, à insuficiência de perdão. As pessoas têm o hábito de justificar as ações do presente com acontecimentos do passado, acumulando problema sobre problema. Não que não existam lembranças ruins do passado que tenham magoado e entristecido o coração, mas existem pessoas que são hábeis em arquivar tristezas durante a vida e se nutrirem delas diariamente. Sobram ainda 5%, que são aqueles em que as pessoas usam para viver o presente. É neste pequeno espaço que as pessoas comem, bebem, dormem e rapidamente compartilham suas vidas com as de outras. Quer dizer, praticamente não vivem. Trabalha-se exaustivamente com o propósito de superar o passado, mitigando a vida que vivia. Vislumbra-se um futuro, sonhando e imaginando como e quando se viverá, mas se esquecem do presente. Agostinho de Hipona afirmou que nem a duração de um dia é toda ela tempo presente. Dizia ele que “o dia e a noite compõe-se de vinte e quatro horas, entre as quais a primeira tem as outras todas como futuras, e a última tem a todas como passado”. É evidente que ele quis dizer que a nossa vida está situada no presente em que estou situado, como eu estou em frente a um computador escrevendo estas palavras e você está lendo estas linhas em frente a outro computador ou lendo um jornal. Portanto, precisamos, vez por outra, limpar nossas mentes eliminando todas as quinquilharias inúteis que só nos prendem ao que já foi e não pode voltar ou, àquilo que virá e ainda é incerto. Procure fazer com que seus pensamentos e propósitos neste momento sejam bons e positivos, não deixe para depois, para um tempo que não existe, lance fora tudo aquilo que apenas ocupa espaço e não permite que você vá para frente. Paulo em uma de suas cartas afirmou aos seus leitores: “Firmem seus pensamentos naquilo que é verdadeiro, bom e direito. Pensem em coisas que sejam puras e agradáveis e detenham-se nas coisas boas e belas que há em outras pessoas. Pensem em todas as coisas pelas quais vocês possam louvar a Deus e alegrar-se com elas”. Fp 4:8. Assim, que as ocupações do pensamento sejam sempre excelentes, resultando no agora, agradáveis momentos de vida. Fique em Paz!

RENOVAÇÃO...

  “...transformai-vos pela renovação da vossa mente ...”. Rom 12.1-2   Cada situação nova que vivemos em nossa vida é a oportunidade que t...