DECISÕES
Durante toda a nossa vida precisaremos decidir sobre muitas questões.
Fáceis ou difíceis, essas decisões poderão nos desgastar e, muitas vezes,
trazer consequências positivas ou não sobre o nosso dia-dia.
Há momentos da nossa caminhada em que não é possível procrastinar. A
procrastinação significa deixar para outro dia, para um tempo futuro, delongando
ações e recusando-se a tomar decisões no tempo presente.
A procrastinação pode ser um meio de defesa visto que quando a fazemos, tentamos
lançar a frente uma responsabilidade pela qual somos chamados para resolver
hoje. Não tomar as decisões necessárias no tempo oportuno pode nos trazer maior
tristeza e sofrimento. Outra origem para a procrastinação pode ser o comodismo de
uma situação que não desejamos mudar.
O fato é que quanto mais tardarmos em agir pior poderá ser o resultado
futuro. Aquilo que hoje pode ser um pequeno desconforto e empecilho pode se
tornar amanhã um espinho maior e mais doloroso. Paulo afirma em sua carta aos Romanos 14:22
que é “feliz a pessoa que não é condenada
pela consciência quando faz o que acha que deve fazer!”. Este texto nos
mostra o quanto é importante que, ao tomarmos decisões, estejamos conscientes
das consequências sem permitir que o nosso coração se sinta culpado.
Outro fator importante na tomada de decisões são as pessoas que estão ao
nosso redor. Não somos ilhas e, portanto não podemos agir imprudentemente
acreditando que acima de qualquer coisa está a nossa vontade, não interessando
a vontade do meu próximo.
Neste caso, o meu próximo pode ser meu cônjuge, meus filhos ou pais,
parentes, amigos e até mesmo conhecidos. Diante disso é bom nos perguntarmos: Qual
a extensão das minhas decisões? Elas são libertadoras ou opressoras? Visam o
bem comum ou apenas atendem um sórdido interesse pessoal?
Existem decisões que devem ser imediatas. Um atendimento emergencial,
por exemplo, ou qualquer outro evento que exija de nós uma decisão acertada e
pronta. Agora, existem outras que devem ser medidas, pensadas, repensadas e
chocadas.
Chocadas? Sim, chocadas! Como a galinha que choca seus ovos. Ela se põe
em cima dos seus ovos e fica aguardando pelo resultado. Será que os ovos vão
descascar? Na verdade ela não sabe, mas enquanto isso ela aguarda e cumpre com
o seu papel de zelar pelo o que é seu não deixando para amanhã o que deve ser
feito hoje. Afinal, ovos não chocados, não descascam.
Há ainda uma constatação oportuna na tomada de decisões. Se esperarmos
um bom momento para decidirmos, crendo que as coisas nos sejam mais favoráveis,
é provável que este momento não chegue nunca. Deste modo, penso que uma decisão
nunca deve ser tomada unilateralmente, a fim de que ela não se torne interesseira
e egocêntrica. O melhor é que ela seja compartilhada e dividida com, pelo
menos, mais uma pessoa.
Enfim, decisões podem ser comparadas a oportunidades e estas a uma
pessoa sem cabelos que corre pela rua e que esbarra em você. Se você não a pega
de frente você jamais irá puxar os cabelos dela.
Decisões necessárias não devem ser postergadas, afinal, como disse Oscar
Wilde as boas resoluções estão sujeitas a
uma fatalidade - são sempre tomadas demasiado tarde.
Fique em Paz!
Matheus Felipe Santiago