segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Apenas nas Crises Atingimos as Nossas Profundezas.

Apenas nas Crises Atingimos as Nossas Profundezas. Tudo o que o nosso corpo faz, exceto o exercício dos sentidos, escapa à nossa percepção. Não damos conta das funções mais vitais (circulação, digestão, etc.). O mesmo se passa com o espírito: ignoramos todos os seus movimentos e transformações, as suas crises, etc., que não sejam a superficial ideação esquematizante. Só uma doença nos revela as profundezas funcionais do nosso corpo. Do mesmo modo, pressentimos as do espírito quando estamos em crise. Cesare Pavese, in 'O Ofício de Viver'

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

11/11/11 – O DIA DEPOIS DE ONTEM...

Desde o ano 01/01/01 tenho ouvido previsões superticiosas e mirabolantes sobre as datas combinadas. Datas combinadas, no meu entendimento, são as datas que se coincidem: 08/08/08, 09/09/09 e por aí vai.
Hoje pela manhã vi na TV algumas dessas teorias que diziam: 1+1+1+1+1+1=6. O número 6 é considerado, por alguns, um número de força. Também dizia uma entendida que a palavra Jesus Cristo possui 11 letras e que, portanto este é um simbolo de poder e mudanças.
O ser humano é incrível. Ele possui uma argúcia em criar e engendrar conceitos e pensamentos mesmo onde poderia ser impossível encontrar.
Santa paciência! O pior de tudo é pensar que ainda dão espaço na mídia para este tipo de falácia. Nada contra a quem considera este tipo de crença, mas penso ser forçado demais dar espaço a este tipo de notícia como se devesse ser aquiescido por todos.
O que eu fico pensando agora é como será no ano de 2013, já que no dia 12/12/12 a festa acaba e então não haverá mais datas combinadas para se criarem as toscas teorias que os homens tanto gostam. Já falam até do mundo acabar...
Trago à memória o escrito de Eclesiastes ao afirmar que o que foi, isso é o que há de ser; e o que se fez, isso se fará; de modo que nada há de novo debaixo do sol. Ec 1:9.
Enquanto isso, homens e mulheres vão tentando encontrar sentido em tudo o que lhes possa trazer significado para suas vidas, mesmo quando não acham.
Ah, que pena! Gostaria tanto de ter escrito este pequeno pensamento até as 11h11min do dia 11/11/11, mas não deu tempo. Já são 11h12min... Tudo bem fica então, para a próxima!

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

DO HUMANO AO DIVINO

É da gênese humana confundir a imagem do divino e sagrado ao humano.

O livro do Êxodo traz-nos a narrativa do povo de Israel que após ter saído do Egito, tendo à frente Moisés, vagou por 40 anos rumo à terra que manava leite e mel.

A peleja era grande e aquele povo enfrentou toda a sorte de problemas pelo caminho, no entanto, Deus sempre providenciou o necessário para que eles pudessem sentir-se cuidados física e espiritualmente e de coração agradecido ao que Deus ia realizando durante o caminho.

A história nos conta que em certo momento Deus fala a Moisés que ele suba no monte Sinai a fim de receber as tábuas da lei. Enquanto Moisés estava longe, o povo, que olhava mais para as mãos de Moisés do que para Deus, creu que estava perdido e buscou fundir em ouro um bezerro a fim de que eles tivessem para quem olhar e confiar.

Olhar para pessoas e coisas continua sendo ainda o grande e pesado fardo que muitos levam sobre seus ombros. Homens e mulheres são propensos a acreditar que palavras e ações humanas estão acima de qualquer coisa.

Criam-se novas igrejas onde a Palavra é trocada por placas com fotos dos seus donos. É o apóstolo, é o bispo, é o pastor. Para estes, importa seguir aos homens e não a Cristo. Muitos andam peregrinando atrás daqueles mercenários que os possam agradar e ovacionar. São manhosos, cheios de arrogância e débeis espiritualmente.

Falam de Cristo, mas não o conhecem. Suas palavras passam ao largo do coração destes tais, porque não mudam de vida e não buscam refletir a imagem dAquele que deixou-nos o exemplo para seguirmos os seus passos. Ao contrário, andam batendo de porta em porta em busca do melhor sermão, do melhor milagre e do melhor agrado.

Cristo deixou-nos uma solene advertência quando falou ao homem que desejava segui-lo, mas que disse: Senhor deixa-me fazer isto ou aquilo. Cristo disse: se alguém deseja seguir-me e prende seus olhos àquilo que é humano, não é digno de ser meu seguidor. Disse mais: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida, ninguém vem ao Pai senão por mim.

Assim, não são placas denominacionais, não são lideres religiosos, nem tampouco templos feitos por mãos humanas que conduzem o ser humano a verdadeira vida com Deus.

Vida de fé é vida que liga nossa existência a de Deus. Quem não vive assim não sabe o que é viver para Cristo e em Cristo.

Fique em Paz!

Matheus Felipe Santiago

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Movimento israelense pede que religião seja apagada de registros civis

GUILA FLINT DE TEL AVIV PARA A BBC BRASIL

Centenas de judeus israelenses assinaram uma petição solicitando que as autoridades do país os registrem como "sem religião" e apaguem a qualificação deles como judeus nos registros civis.

Os documentos, assinados na noite de domingo perante advogados em Tel Aviv, serão encaminhados ao Ministério do Interior.

Os signatários exigem a separação clara entre o Estado e a religião em Israel e consideram a religião irrelevante para os registros civis.

Um dos que assinaram, o jornalista Uri Avnery, de 88 anos, disse à BBC Brasil que a assinatura em massa do documento "é um passo importante para que finalmente a religião seja separada do Estado".

"Israel está se transformando em um Estado teocrático no qual os ultraortodoxos controlam todos os aspectos da vida do cidadão", afirmou Avnery.

"Sou um total ateu e não vejo razão alguma para que eu esteja registrado como pertencente à religião judaica e subordinado ao rabinato", disse.

NACIONALIDADE E RELIGIÃO

O Estado de Israel classifica uma pessoa que nasceu de mãe judia ou se converteu ao judaísmo de acordo com as regras ortodoxas como pertencente à religião e à nacionalidade judaica.

Algumas leis do país, no entanto, fazem distinções entre cidadãos judeus israelenses e árabes israelenses.

Por exemplo, a maioria das terras públicas em Israel não pode ser vendida a cidadãos não-judeus, pois existem restrições nos regulamentos das instituições que administram as terras, segundo as quais terras públicas só podem ser transferidas para judeus.

ESCRITOR

O movimento para apagar a definição de judaísmo nos registros civis começou com o ato individual do escritor Yoram Kaniuk, que moveu um processo contra o Ministério do Interior exigindo ser registrado como "sem religião".

No dia 5 deste mês, o Tribunal de Tel Aviv resolveu aceitar o recurso de Kaniuk e instruiu o Ministério do Interior a cancelar a definição de judaísmo de seus registros.

Kaniuk, considerado um dos escritores mais importantes de Israel, afirma que pertence ao povo judeu, mas não à religião judaica.

"Hoje em dia, os maiores inimigos do judaísmo são o rabinato e as autoridades ortodoxas", afirmou ele.

O poeta Oded Carmeli, um dos organizadores do movimento, disse à BBC Brasil que o precedente criado por Kaniuk lhe possibilitou "sair do armário".

"Sempre fui ateu, mas no judaísmo qualquer pessoa cuja mãe é judia é automaticamente considerada como pertencente à religião judaica, desde o momento em que nasce."

"Quando nasci, ninguém me perguntou se queria ser registrado como judeu ou não, mas agora, depois do ato de Kaniuk, finalmente posso me registrar de acordo com a minha verdadeira identidade, pois não acredito em nenhum Deus", disse Carmeli.

ISRAEL LIVRE

Para Miki Gitsin, líder do movimento Israel Livre, "centenas de israelenses não suportam mais o fato que as instituições rabínicas e os políticos ultraortodoxos controlam suas vidas e os impedem de viver de acordo com seus princípios".

Uma das principais restrições impostas pelas autoridades religiosas ao público laico é a ausência de casamento civil em Israel.

Um homem definido como judeu só pode se casar de acordo com os preceitos do rabinato, e somente com uma mulher judia.

Se um cidadão israelense quiser se casar em casamento civil terá que viajar para o exterior.

O pedido de apagar a religião judaica dos registros civis desperta a indignação de muitos israelenses, que enviam reações furiosas pela internet aos signatários dos documentos.

No site do jornal "Haaretz", alguns comentavam que a secularização significaria "a morte de Israel" e que o Estado foi criado para ser judeu.

Um leitor escreveu que a medida é semelhante a "querer que o Vaticano separe Estado e religião". Outro internauta afirmou que "o judaísmo não é apenas uma religião, mas uma ordem social que define os judeus".

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Quem é este!

“E, entrando ele em Jerusalém, toda a cidade se alvoroçou, dizendo: Quem é este?”

Mt 21:10

A singularidade da personalidade de Jesus é de fato inquestionável.

Seu jeito de ser, sua fala e tudo o que compunha a sua existência terrena certamente foram reconhecidas e respeitadas por aqueles que estavam ao seu redor.

Quer fossem discípulos, inimigos, familiares ou mesmo aqueles que estavam ao seu redor apenas com o propósito de receberem Dele um milagre ou uma cura, sobre Jesus havia algo que exalava temor e tremor.

Muitos foram os que ficaram e ainda ficam admirados com Jesus, isto porque seus ensinamentos são revestidos de autoridade e ao mesmo tempo uma eloqüência tão incrivelmente particulares que aquilo que pregava poderia ser ouvido tanto por um homens simples como pescadores, ou até mesmo por pessoas de elevado saber como os membros do Sinédrio.

Suas palavras são incisivas e ao mesmo tempo reveladoras. São capazes de golpear, mas ao mesmo tempo são curativas agindo sobre aqueles que as retém como um remédio que alivia dores e promove cura.

CH Spurgeon, certa feita pregou um sermão que tinha por título “Cristopatia” e o texto usado por este pregador foi o de Isaias 53:5 que afirma que “pelas suas pisaduras fomos sarados”. Neste emblemático texto, Spurgeon afirma que até a vida de Jesus, sua entrega voluntária e morte na cruz, nos apontam seu interesse pela humanidade e o desejo de libertação destes.

Jesus ensinava com autoridade, e muitos se perguntavam: De onde vem a autoridade de Jesus? Afinal Ele jamais galgou qualquer glória humana! Como pode um só homem ter dividido a história em antes dele e depois dele, ainda que nunca tivesse tido tal pretensão, humanamente falando?

Jesus não possuía nenhuma autoridade política, pois jamais ocupou qualquer cargo importante na sociedade, nem tampouco ousou ser autoridade religiosa institucional. Nunca teve qualquer função importante no templo ou na sinagoga.

Então fico pensando que o seu poder vinha das suas palavras, ah sim, as palavras dizem tudo. Certa vez Ele mesmo disse “Porque por tuas palavras serás justificado, e por tuas palavras serás condenado” (Mt 12:37). Jesus sabia muito bem o poder daquilo que dizia.

A autoridade que ele possuía (e possui) vinha de si próprio, pois ele é o próprio Deus, muito embora o povo não atentasse para isso.

Os que estavam ao seu redor passavam percebiam a autoridade de Jesus a partir de algo que ele possuía e que devemos lutar para ter: coerência entre a pregação e a vida.

Vivemos numa sociedade em que esta coerência entre palavra e ação se distam como o norte dista do sul. As pessoas mudam e se deixam levar por aquilo que as cerca sem nenhuma preocupação. Compromissos verbais são quebrados, palavras são ditas e desmentidas, tudo isso em nome de interesses momentâneos.

Fica-nos o exemplo de coerência de vida deixada por Jesus enquanto aqui esteve. Ele vivia, falava e vivia. Assim, devemos nós viver o que falamos e falarmos o que vivemos, e nada mais. Por isso é que as palavras de Jesus vêm a nós até os dias de hoje.

Ele mesmo disse: “Passará o céu e a terra, mas as minhas palavras não passarão” (Mc 13:31). Palavras coerentes são solidamente estabelecidas e depois de guardadas permanecem para sempre.

Fique em Paz!

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Sobe total de evangélicos sem vínculos com igrejas

O número de evangélicos que não mantêm vínculo com nenhuma igreja cresceu, informa reportagem de Antônio Gois e Hélio Schwartsman, publicada na Folha desta segunda-feira (a íntegra está disponível para assinantes do jornal e do UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha). 'Trocas' de igrejas são comuns em favela na zona sul do Rio Segundo a Pesquisa de Orçamentos Familiares, do IBGE, eles passaram de 4% do total de evangélicos em 2003 para 14% em 2009, um salto de 4 milhões de pessoas. Os dados do IBGE também confirmam tendências registradas na década passada, como a queda da proporção de católicos e protestantes históricos e alta dos sem religião e neopentecostais. No caso dos sem religião, eles foram de 5,1% da população para 6,7%. Embora a categoria seja em geral identificada com ateus e agnósticos, pode incluir quem migra de uma fé para outra ou criou seu próprio "blend" de crenças --o que reforça a tese da desinstitucionalização. Leia mais na Folha desta segunda-feira, que já está nas bancas. Editoria de Arte/Folhapress

Deus de ponta-cabeça | Editora Ultimato

Deus de ponta-cabeça Editora Ultimato

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Restrição a religiões cresce na maioria dos países, diz estudo

09/08/2011 - 19h05 Restrição a religiões cresce na maioria dos países, diz estudo Publicidade DA REUTERS, EM WASHINGTON Quase um terço da população mundial vive em países onde está ficando mais difícil praticar religião livremente, afirmou nesta terça-feira um grupo privado de pesquisas dos Estados Unidos. O Fórum sobre Religião e Vida Pública do Pew Research Center informou que restrições governamentais e hostilidade pública envolvendo religião aumentaram em alguns dos países mais populosos entre meados de 2006 e meados de 2009, a época em que a pesquisa foi feita. "Durante o período de três anos coberto pelo estudo, a extensão dos abusos e violência relacionados à religião cresceu em maior número de lugares do que o daqueles em que decresceu", diz o relatório "Crescentes Restrições à Religião". Ulises Ruiz Basurto/Efe Participantes vão a encontro da igreja La Luz del Mundo no México; liberdade religiosa diminuiu Nesses anos, somente cerca de 1% da população mundial vivia em países onde houve maior tolerância religiosa, assinala o texto. O estudo feito pelo Pew Center em 198 países constatou que aqueles considerados restritivos ou hostis no relatório anterior tiveram o quadro piorado enquanto o oposto foi verificado naqueles com mais tolerância religiosa. Um aumento substancial da hostilidade pública em relação a grupos religiosos foi observado na China, Nigéria, Tailândia, Vietnã e Reino Unido, enquanto as restrições governamentais cresceram significativamente no Egito e na França. O Pew Center examinou leis ou outras políticas governamentais destinadas a banir determinadas crenças, limitar a prática, dar preferência a uma religião específica ou proibir conversões. Os países mais restritivos ou hostis em relação a certas religiões incluem Índia, Paquistão, Indonésia, Egito, Irã, China, Mianmar, Rússia, Turquia, Vietnã, Nigéria e Bangladesh --embora na maioria dessas nações não tenham ocorrido alterações nos três anos. Cristãos e muçulmanos, os dois maiores grupos religiosos do mundo, sofreram perseguição na maioria dos países. Fiéis de outras religiões também foram importunados. Os judeus, que perfazem menos de 1% da população mundial, foram alvo de restrições ou hostilidade em 75 países.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

O horror se moderniza, mas não acaba - CBN

O horror se moderniza, mas não acaba - CBN

O TIC TAC HUMANO

"É realmente inacreditável como a vida da maioria dos homens flui de maneira insignificante e fútil, quando vista externamente, e quão apática e sem sentido pode parecer interiormente... Assemelham-se ao mecanismo de um relógio, que é colocado em movimento e gira, sem saber por quê. E toda a vez que um homem é gerado e nasce, dá-se novamente corda ao relógio da vida humana, para então repetir a mesma cantilena pela enésima vez, frase por frase, compasso por compasso, com variações insignificantes" Arthur Schopenhauer, in "A Arte de Insultar"
Não! Não creio que o nosso fim seja este, nem tampouco creio que todas as pessoas se enquadrem nesta verdade. Existem aqueles que sabem ver além... Muito mais além e não se limitam com as vicissitudes da vida nem tampouco se tornam reducionistas a ponto de se aceitarem plenamente e não buscarem uma mudança do ser interior por menor que seja. 
A fé não pode ser considerada desprezível,  pelo contrário, ela é necessária e fundamental a existência humana, pois é o elemento pelo qual buscamos a mudança interior, a transformação da vida e a renovação da mente.
Assim, aprendemos que não devemos viver como vivem a maioria das pessoas deste mundo, mas é preciso que deixemos que o Eterno nos transforme por meio de uma mudança da mente. Deste modo é que conhecemos a Suprema vontade, isto é, aquilo que é bom, perfeito e agradável a Ele. Rm 12.

Creia, você pode ser muito mais que um relógio!

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Tempo Para Tudo

Tenho refletido muito sobre a palavra de Eclasiastes que diz que há tempo para tudo. Fico pensando, às vezes, nas coisas que planejo fazer e naquelas que ainda não fiz, e é claro isso implica pensar no tempo que desperdicei para realizar o que se foi e no tempo que haverei de separar para aquelas que virão. Sei que pensar sobre o tema não é algo nada novo, afinal, o Pregador já falava sobre estas coisas há mais de dois mil anos atrás quando afirmou que há tempo para tudo e para todo o propósito debaixo do sol. Coisa mais intrigante ainda é quando estudo os eventos do passado. Ao lecionar ou ao estudar sobre a História viajo por alguns instantes pela civilização harapense (que deu origem à civilização indiana a mais ou menos 2.500 anos a.C.), pela reforma protestante em 1517, passando pela revolução francesa em 1789 e chegando até os dias de hoje. Através dos livros, ultrapasso um tempo de quase 5 mil anos de história. Todo um tempo vivido. Personagens, sonhos, projetos, guerras, grandes revoluções e descobertas, são todas elas colocadas debaixo de uma mesma palavra sob a qual os que se foram já viveram, nós vivemos e sobre a qual os que vierem também viverão. Esta palavra é o tempo. Os romanos designavam uma expressão para falar da fugacidade da vida e do tempo, Tempus Fugit, ou seja, o tempo foge. O tempo foge das nossas mãos como a areia seca da praia em dias de muito calor. Quanto mais a apertamos em nossas mãos mais rapidamente ela se esvai por entre os dedos. Isto significa dizer que não podemos, de modo algum, segurar o tempo nem tampouco trabalhar para tê-lo. Como afirmou o historiador francês Lucién Febvre “O mundo de ontem acabou, para sempre”; não podemos voltar atrás, pois tudo passa. “O que é já foi, e o que há de ser também já foi”... (Eclesiastes 3:15). O passado já foi e não podemos trazê-lo. O futuro é o amanhã. O daqui a pouco não pode ser descortinado. O hoje é o agora, o presente momento das nossas escolhas e das realizações. Falar assim não se trata de uma apologia ao imediatismo doentio dos nossos dias, mas uma consciência de que se de fato tudo tem o seu tempo, nós também temos o nosso e, portanto, não podemos perdê-lo. Se porventura estamos aqui para vivermos sob o tempo, vivamos conscientemente com a certeza de que somente ao buscarmos a Deus encontramos tranqüilidade e quietude aos nossos corações. Cada momento que vivemos é um presente de Deus. E aí surge a pergunta: como estamos vivendo o nosso tempo? Vivemos em busca de encontrar significado para ele no amanhã e nos esquecemos de hoje? Se é assim que você tem vivido, peça a Ele que lhe restaure a alegria do dia-dia, porque o hoje e o agora só acontecem neste exato instante. Fique em Paz!

sábado, 25 de junho de 2011

Serenidade e Coragem

Por que será que todas as vezes que somos surpreendidos por uma notícia que nos assusta ou nos causa impacto dizemos: “Meu Deus! Como pode isso?” ou “porque assim?”. É da nossa natureza temer o mal, como não podia ser diferente, e assim desejamos afastá-lo o máximo possível de nós, ainda que muitos não ajam dessa forma. Mas uma coisa é factual - realmente não há como arredar a indisposição de nossas vidas. Já algum tempo via a entrevista de uma médica psiquiatra falando sobre o uso indiscriminado de ansiolíticos. Dizia ela que cada vez mais as pessoas querem de todas as formas mitigar o mal e o desconforto de suas vidas e com isso recorrem a remédios que aparentemente diminuem, não os problemas, mas a percepção deles. Disse a médica ao final, algo que guardei em meu coração: “as pessoas tem que aprender que o desconforto faz parte da vida”. Pronto! Esta frase certamente diz tudo o que a sociedade dos dias atuais precisa ouvir: aprenda a administrar os seus problemas e não a fugir deles! Mas sabemos que as coisas não são tão simples de praticar como podem ser de falar. Muitas coisas seguramente poderão ser modificadas em nossas vidas, outras com certeza deverão ser aceitas por não se poder mudar. Essa foi a oração feita pelo teólogo Reinhold Niebuhr: “Concedei-nos, Senhor, a serenidade necessária para aceitar as coisas que não podemos modificar, coragem para modificar aquelas que podemos e sabedoria para distinguir umas das outras”. Eis uma simples oração, talvez um pouco óbvia, mas tão fortemente necessária para os nossos dias e ao mesmo tempo tão difícil de ser praticada e lembrada diante das dificuldades. Falar com os outros e compartilhar pode ser terapêutico para nós, mas por vezes se faz necessário buscar o silêncio, isto porque o muito falar pode ser enfadonho e pode não trazer grandes resoluções. Lembro também a frase de Blaise Pascal que anotei dia desses. Diz ela: “nós podemos tudo com aquele sem o qual nós não podemos nada”. De fato, nem sempre poder é tudo e muitas vezes nós não poderemos, nem tampouco aceitaremos, muito menos modificaremos, mas se recebermos a capacidade de compreendermos ou mesmo de sermos consolados isto certamente já será de grande valia. Serenidade. É a palavra que Niebuhr usa para determinar qual deve ser a nossa ação diante dos conflitos da vida. Sinônimos de serenidade são: quietação, calma, paz. Que úteis sinônimos! Quero sempre tê-los em minha vida e deles lembrar-me quando eu me esquecer de praticá-los. Jesus em seu ministério consolou seus ouvintes dizendo: "No mundo vocês vão sofrer; mas tenham coragem! Eu venci o mundo" - João 16:33. Será que Jesus teria dito o que muitos pregadores falsamente têm propalado nos dias de hoje: “venham a mim e seus problemas se acabarão”? Certamente não. Não, esse não era o discurso de Jesus, mas de encorajamento diante das lutas. Serenidade para aceitar. Coragem para mudar e ir em frente. Esse é o nosso caminho. Essa deve ser a nossa estrada. Que Deus nos ajude nele! Fique em Paz!

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Essa Mafalda!!!!

Olhava este recadinho da Mafalda e me perguntava... Será mesmo!?!?!? É... acho que é verdade.....

quarta-feira, 11 de maio de 2011

É ilusão, é ilusão, diz o Sábio. Tudo é ilusão.

É ilusão, é ilusão, diz o Sábio. Tudo é ilusão. A gente gasta a vida trabalhando, se esforçando e afinal que vantagem leva em tudo isso? Pessoas nascem, pessoas morrem, mas o mundo continua sempre o mesmo. O sol continua a nascer, e a se pôr, e volta ao seu lugar para começar tudo outra vez. O vento sopra para o sul, depois para o norte, dá voltas e mais voltas e acaba no mesmo lugar. Todos os rios correm para o mar, porém o mar não fica cheio. A água volta para onde nascem os rios, e tudo começa outra vez. Todas as coisas levam a gente ao cansaço — um cansaço tão grande, que nem dá para contar. Os nossos olhos não se cansam de ver, nem os nossos ouvidos, de ouvir. O que aconteceu antes vai acontecer outra vez. O que foi feito antes será feito novamente. Não há nada de novo neste mundo. Eclesiastes 1:2-9(NTLH)

terça-feira, 15 de março de 2011

ERA MUITO BOM. por Matheus Felipe Santiago

Acabo de ler um livro de autoria de Rubem Alves que tem por título – Variações sobre o prazer. Neste livro o autor busca desmistificar a idéia de que o prazer deve ser algo restrito em nossa vida e de que mais vale sofrer do que sorrir. Segundo Rubem durante muito tempo nossa sociedade e até mesmo muitas igrejas, foram educadas a espezinhar o prazer como se a sua existência fosse a anulação da realidade de Deus. O fato é que por não entendermos a verdade do que seja o prazer, ficamos ensimesmado conosco mesmos e acreditamos que apenas a circunspecção é o caminho do pleno conhecimento de Deus. É neste contexto que muitas igrejas propalam aos quatro ventos doutrinas que visam anular o homem e torná-lo um mero participante da existência do cosmos. Também em muitas circunstâncias o prazer recebe uma conotação apenas sexual e do ponto de vista pejorativo, ainda mais depois destes dias de carnaval em que esta palavra, achincalhada, é lançada aos porcos, como se conotasse libertinagem. O homem foi criado como alguém que deve sentir prazer nas coisas que possui e faz. O relato bíblico da criação nos deixa bem claro que Deus ao final de cada dia quando terminava a sua obra dizia: e viu Deus que isso era muito bom (Gen.1). Ao final do sexto dia, Deus reforça o valor daquilo que ele havia feito afirmando que “...tudo quanto fizera, era muito bom” (vers. 31). Ao final de sua obra Deus sente um grande prazer por ela e se alegra com ela. Podemos ainda, pensar no prazer na dimensão do casamento. Deus deu ao homem a oportunidade de desfrutar na intimidade de uma relação conjugal, o prazer e a alegria. Por isso afirma “não é bom que o homem esteja só”. Deste modo, o prazer faz parte dos planos de Deus para a vida conjugal. Rubem Alves a certa altura fala ainda uma frase que toca profundamente e me faz refletir em demasia. Ele diz que “é preciso estar na iminência de perder as coisas para tomar consciência delas. A possibilidade de perder aguça a capacidade de sentir o gosto”. Fiquei pensando então que esta é a mais pura verdade. Nós muitas vezes deixamos de valorizar as pequenas coisas do dia-dia para valorizarmos apenas aquelas que são extraordinárias. Passado algum tempo é que vamos descobrir que o extraordinário é o ordinário, ou seja, é o comum e o corriqueiro que mais deixa marcas de valor na nossa vida. O livro de Eclesiastes também discute sobre a existência humana e sobre o prazer afirmando que não há nada melhor para o ser humano do que “...comer, beber e encontrar prazer em seu trabalho”, depois de afirmar isto, o pregador sem detença fala “E vi que isso também vem da mão de Deus” (Ecl. 2:24). Quando se fala sobre a importância do prazer em nossas vidas não se está querendo trazer à tona o conceito do hedonismo, doutrina grega que afirmava ser o prazer o supremo bem da vida humana, conceito muito presente em nossa sociedade (2011). Não! Não é isso! A vida humana é feita de cardos, abrolhos e flores. Muitas flores. O problema é que o ser humano se esquece de olhar para aquilo que há de bom e foca apenas naquilo que lhe traz angústia e dor. É tempo de aprendermos mais com os pequenos e simples prazeres da nossa existência. Um almoço em família. Um dia na praia. Uma viagem. Um gostoso café da tarde. Uma conversa fora. Uma caminhada ou pedalada apreciando a paisagem. Um bom filme. Uma boa leitura. E tanto quanto mais pudermos experimentar. Desta forma aprendemos com o nosso Criador a valorizar e sermos gratos pelo o que realizamos, até nas pequenas e simples coisas da nossa existência. Assim, ao dormirmos teremos a gratidão de olhar e dizer que tudo quanto fizemos durante o dia foi muito bom. Fique em Paz!

terça-feira, 1 de março de 2011

Vocês são como a neblina...

Sobre a brevidade da vida... Que é a sua vida? Vocês são como a neblina que aparece por um pouco de tempo e depois se dissipa. Tiago 4:14 Meus oito anos - Casimiro de Abeu "Oh! que saudades que tenho Da aurora da minha vida, Da minha infância querida Que os anos não trazem mais! Que amor, que sonhos, que flores, Naquelas tardes fagueiras À sombra das bananeiras, Debaixo dos laranjais! Como são belos os dias Do despontar da existência! — Respira a alma inocência Como perfumes a flor; O mar é — lago sereno, O céu — um manto azulado, O mundo — um sonho dourado, A vida — um hino d'amor!"

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Contraste

Quando partimos no verdor dos anos, Da vida pela estrada florescente, As esperanças vão conosco à frente, E vão ficando atrás os desenganos. Rindo e cantando, célebres, ufanos, Vamos marchando descuidosamente; Eis que chega a velhice, de repente, Desfazendo ilusões, matando enganos. Então, nós enxergamos claramente Como a existência é rápida e falaz, E vemos que sucede, exatamente, O contrário dos tempos de rapaz: – Os desenganos vão conosco à frente, E as esperanças vão ficando atrás. Antonio Thomaz (1868-1941). Sacerdote católico sonetista.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

A sempre oportuna oração de Franscisco de Assis

Sem dúvida alguma, a oração de Franscisco de Assis é um contraponto a realidade dos nossos dias onde a paz é sempre vista e esperada à partir de um movimento coletivo e não individual.
Em meio a tantas crises e conflitos ela nos mostra que todos somos desafiados a ser instrumentos de paz onde quer que andemos e estejamos.
Dê uma lida abaixo...
Senhor: Fazei de mim um instrumento de vossa Paz. Onde houver Ódio, que eu leve o Amor, Onde houver Ofensa, que eu leve o Perdão. Onde houver Discórdia, que eu leve a União. Onde houver Dúvida, que eu leve a Fé. Onde houver Erro, que eu leve a Verdade. Onde houver Desespero, que eu leve a Esperança. Onde houver Tristeza, que eu leve a Alegria. Onde houver Trevas, que eu leve a Luz! Ó Mestre, fazei que eu procure mais consolar, que ser consolado; compreender, que ser compreendido; amar, que ser amado. Pois é dando, que se recebe. Perdoando, que se é perdoado e é morrendo, que se vive para a vida eterna!

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Quem Sou Eu? por Dietrich Bonhoeffer

Quem sou eu? Seguidamente me dizem que saio da minha cela tão sereno, alegre e firme qual dono de um castelo. Quem sou eu? Seguidamente me dizem que da maneira como falo aos guardas, tão livremente, como amigo e com clareza, parece que esteja mandando. Quem sou eu? Também me dizem que suporto os dias do infortúnio impassível, sorridente e com orgulho como alguém que se acostumou a vencer. Sou mesmo o que os outros dizem de mim? Ou apenas sou o que sei de mim mesmo? Inquieto, saudoso e doente, como um passarinho na gaiola, sempre lutando por ar, como se me sufocassem, faminto de cores, de flores, de pássaros, sedento de palavras boas, de proximidade humana... Que sou eu? Este ou aquele? Sou hoje este e amanhã um outro? Sou porventura tudo ao mesmo tempo? Quem sou eu? A própria pergunta nesta solidão de mim parece pretender zombar. Quem quer, porém, que eu seja, tu me conheces, ó meu Deus: SOU TEU. [1] teólogo luterano, torturado e morto no campo de concentração durante o nazismo.

RENOVAÇÃO...

  “...transformai-vos pela renovação da vossa mente ...”. Rom 12.1-2   Cada situação nova que vivemos em nossa vida é a oportunidade que t...