segunda-feira, 13 de abril de 2015

Por que vou à Igreja!


Então você me faz a seguinte pergunta... Por que você vai à igreja? Como pode você ir a um lugar tão “retrógrado”, “estranho” e “alienante”?
Ao longo dos anos tenho visto muitas pessoas não ter em grande conta a igreja ou mesmo a fé alheia. Talvez tenham tido alguma decepção religiosa ou mesmo por acreditarem na inabilidade da igreja e daqueles que nela vão.
Não sei ao certo quando foi a primeira vez que fui a uma igreja, mas acredito que com poucos dias de vida meus pais tenham me levado. Desde então, ao longo de 35 anos tenho participado e me envolvido em tantas coisas da vida religiosa que certamente não conseguiria enumerá-las aqui. Mas mesmo assim, durante os anos da minha vida, que acredito ser curta, tenho vivido uma vida normal como qualquer outra pessoa.
Estudei em algumas escolas, fui aos escoteiros, fiz aula de Karatê e Judô, participei uma única vez de uma corrida de rua e me senti o máximo por ter ganho uma medalha de participação. Acampei, pesquei, fui ao cinema, andei muito de bicicleta, fiz muitas cabanas atrás da minha casa, subi em árvores, levei muitos pontos pelo corpo por conta de quedas, me cortei no arame farpado, pesquei, tomei banho de mar e lagoa, fiz faculdade de Teologia e de História, namorei e me casei. Etc...
Hoje em dia, eventualmente, eu e minha esposa recolhemos cães e gatos de rua, castramo-los e doamos para pessoas de bem que tenham consciência de cuidado e proteção do mundo em que vivemos. Enfim, nunca me senti estranho ao mundo, pelo contrário, sempre fui tão igual aos outros seres humanos.
Muito embora eu e meus quatro irmãos tenhamos sido criados em uma igreja protestante, nossos pais nunca nos alienaram do mundo, pelo contrário, deram-nos bom senso e capacidade de discernimento, e nós, somos muito gratos por isso.
Por que então estou dizendo tudo isso? Só para informar que além de todas estas coisas fiz e faço durante minha vida eu também fui e ainda vou a uma igreja. Mais... sou pastor presbiteriano há 11 anos e não me envergonho em nada por ser o que sou. Se sou, é porque escolhi ser e sou feliz por isso. Continuo a ir na igreja e a fazer o que faço por escolha minha e não porque sou compelido a isso.
Tenho dezenas de amigos que vão a igreja e outras dezenas que não vão. Respeito as diferenças e não julgo as pessoas por suas escolhas e decisões. Nosso Brasil é um Estado laico, quer dizer, que não possui religião e que, portanto respeita e defende o direito de todo e qualquer tipo de crença. Não me sinto, em nada, distante do mundo, e alienado dele.

Meu nome é Matheus, sou filho, irmão, tio, sobrinho, neto, um dia serei pai, e enquanto sou e serei todas estas coisas eu apenas sou o que sou.

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