quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

SINAIS. Por Matheus Santiago

Publicado no JB Foco em 19-02-2009

Existe uma verdade factual em nossas vidas. Somos mais atraídos por aquilo que os nossos olhos vêem do que por aquilo que o coração sente. A ordem parece sempre ser esta: ver para sentir. Ao ouvirmos falar de um determinado lugar, por exemplo, podemos até imaginar como ele é, mas nossas impressões tomarão forma à partir do momento em que pudermos vê-lo e senti-lo.

Vivemos em um tempo em que homens e mulheres, cada vez mais, baseiam sua fé na observação das luzes e das cores. O real e verdadeiro é o que se pode tocar e ver. Aquilo que normalmente não se pode ver é considerado digno de desprezo e desconfiança.

Encontramos na sociedade de um modo geral, três grupos de pessoas. Inicialmente as que crêem em Deus por meio da fé. Estas não precisam de provas para sustentar sua crença em Deus, pois sabem que a fé é a certeza das coisas que se esperam e a convicção de fatos que não se vêem.

Em seguida encontramos as que não crêem na existência de Deus. Este grupo tem ganhado cada vez mais adeptos na atualidade e como afirmou Gerald Wald, fisiologista e ganhador do prêmio Nobel, “Optam por acreditar no impossível, isto é, que a vida surgiu espontaneamente por acaso”.

E em terceiro lugar, vê-se o grupo daqueles que condiciona suas crenças naquilo que pode ser visto e tocado. Creio que este último grupo é o que mais tem se destacado. Trata-se de homens e mulheres levados de um lado para outro, pela ansiedade e o desejo da satisfação pessoal. Navegam pela vida como um barco sem timoneiro que abatido por rijos ventos percorrem o mar sem saber para onde vão.

Andam em busca da cura de uma enfermidade, da prosperidade financeira, do êxito profissional, da libertação da família. Movimentam-se em direção àqueles que lhes apresentarem as melhores propostas de benefícios espirituais ou de solução dos seus problemas.

Nestes tempos em que a religião tornou-se semelhante àqueles restaurantes de comida rápida (fast food), não é estranho encontrar pessoas assim. É chegar ao restaurante (igrejas e templos), ler o cardápio (serviços espirituais), pedir o que se deseja ao garçom (líder religioso) e ser atendido com a maior brevidade possível.

Jesus antes de curar o filho do oficial do rei, questionou-o: “Se, porventura, não virdes sinais e prodígios, de modo nenhum crereis” João 4:48. Cristo estimula-o a enxergar a cura do seu filho não como um fim em si mesmo, mas como uma forma de ver a presença de Deus em sua vida. Cristo deixou claro que seus atos miraculosos não são a razão, nem tampouco a essência da fé, mas um meio pelo qual Deus mostra seu cuidado e amor por cada um dos que são seus.

Quem anda em busca somente de grandes bênçãos ou de fatos extraordinários em sua vida, pode se decepcionar muito, pois Cristo deixou claro que muito mais que os grandiosos milagres que possam ocorrer em nossas vidas, ele anseia que conheçamos em essência as verdades da Palavra de Deus. Desta forma, busque a Deus em primeiro lugar, pois como afirmou Jesus: “buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas” Mateus 6:33.

Fique em Paz!

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