segunda-feira, 29 de junho de 2015

Eu show o que show



É bem conhecida a máxima que diz: A propaganda é a alma do negócio. Não apenas das coisas, mas de pessoas e neste sentido a autopropaganda tem se tornado uma insígnia nas relações pessoais na atualidade (2015).
Na tentativa de receber atenção dos outros uma parcela expressiva da sociedade tem apelado para todo tipo de exposição pública, atraindo atenção para si a qualquer preço.
Na internet, há uma chuva de sites que especulam tanto a vida particular quanto a alheia e na televisão o que mais atrai as pessoas são as especulações sobre a vida alheia, especialmente os reality shows que expõe abertamente a vida dos seus participantes. É o tempo da autoespetacularização, afinal o que vale é ter uns poucos minutos de fama e reconhecimento público.
O mais interessante é que esta síndrome da autoespetacularização tem chegado de forma avassaladora na igreja evangélica brasileira quando até mesmo já são criados produtos específicos para esta “fatia gospel” do mercado brasileiro.
A grande verdade é que no público as pessoas parecem ser, mas é no privado que elas de fato são. É dentro de casa que você mostra quem realmente é, sem máscaras, apenas você mesmo. Fora de casa você é apenas aparência, que pode ou não ser o reflexo daquilo que vive no privado. Nesse caminho tenebroso muitas pessoas têm buscado a todo custo, esconder o caos da sua vida privada. Escondem-se nos discursos, nos bens, nas viagens, nas roupas, afinal, tudo vale quando o objetivo é parecer e não ser.
Com o avanço da tecnologia e com a constante e crescente possibilidade das pessoas se relacionarem apenas pela sua aparência ou por aquilo que possuem o obscurecimento, a ofuscação e até o desaparecimento da verdade se torna cada vez mais latente. É como usar um cosmético. Você usa com o propósito de reduzir a ação do tempo e da gravidade, tentando muitas vezes parecer ser aquilo que não é.
O termo cosmético provém da expressão grega kosmos que pode significar tanto o mundo ao redor, como algum tipo de adorno (enfeite). O caos, portanto, é o contrário do kosmo, que significa grande confusão ou desordem. Na tentativa de encobrir as nefastas confusões e desordens do cotidiano, muitos procuram se revestir com o melhor que possam adquirir ou parecer. É uma tentativa desesperada e angustiante de abrandar o Caos de suas vidas.
Na verdade os cosméticos apenas aprimoram a aparência de uma pessoa por fora, mas não intimamente. Você é o que é, e não há nada neste mundo, humanamente falando, que possa mudar o seu interior. Em 1ª Cor 7.31 lemos que a “...aparência deste mundo passa”, mostrando-nos que tudo o que se relaciona com aquilo que há no mundo em que vivemos um dia passa, sucumbe, acaba, se dissipa, afinal “Toda carne é como a erva, e toda a sua glória, como a flor da erva; seca-se a erva, e cai a sua flor” (1ªPe 1.24).
Assim, é bem melhor é conhecer a Verdade e por ela ser liberto, deixando de lado a aparência que é vil e fútil e passar a viver em plena transparência de vida. A afirmação de Cristo é factual: “e conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”. Esta Verdade nos adverte com a excessiva preocupação com o exterior e nos aponta o caminho para uma nova vida que valoriza a essência do ser e que liberta a humanidade do penoso e opressor jugo da aparência.
Libertemo-nos da aparência, busquemos a essência e vivamos em paz!

Matheus Felipe Santiago

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