É bem conhecida a máxima que diz:
A propaganda é a alma do negócio. Não apenas das coisas, mas de pessoas e neste
sentido a autopropaganda tem se tornado uma insígnia nas relações pessoais na
atualidade (2015).
Na tentativa de receber atenção
dos outros uma parcela expressiva da sociedade tem apelado para todo tipo de
exposição pública, atraindo atenção para si a qualquer preço.
Na internet, há uma chuva de
sites que especulam tanto a vida particular quanto a alheia e na televisão o
que mais atrai as pessoas são as especulações sobre a vida alheia,
especialmente os reality shows que expõe abertamente a vida dos seus
participantes. É o tempo da autoespetacularização, afinal o que vale é ter uns
poucos minutos de fama e reconhecimento público.
O mais interessante é que esta
síndrome da autoespetacularização tem chegado de forma avassaladora na igreja
evangélica brasileira quando até mesmo já são criados produtos específicos para
esta “fatia gospel” do mercado brasileiro.
A grande verdade é que no público
as pessoas parecem ser, mas é no privado que elas de fato são. É dentro de casa
que você mostra quem realmente é, sem máscaras, apenas você mesmo. Fora de casa
você é apenas aparência, que pode ou não ser o reflexo daquilo que vive no
privado. Nesse caminho tenebroso muitas pessoas têm buscado a todo custo,
esconder o caos da sua vida privada. Escondem-se nos discursos, nos bens, nas
viagens, nas roupas, afinal, tudo vale quando o objetivo é parecer e não ser.
Com o avanço da tecnologia e com
a constante e crescente possibilidade das pessoas se relacionarem apenas pela
sua aparência ou por aquilo que possuem o obscurecimento, a ofuscação e até o
desaparecimento da verdade se torna cada vez mais latente. É como usar um
cosmético. Você usa com o propósito de reduzir a ação do tempo e da gravidade,
tentando muitas vezes parecer ser aquilo que não é.
O termo cosmético provém da
expressão grega kosmos que pode significar tanto o mundo ao redor, como algum
tipo de adorno (enfeite). O caos, portanto, é o contrário do kosmo, que
significa grande confusão ou desordem. Na tentativa de encobrir as nefastas
confusões e desordens do cotidiano, muitos procuram se revestir com o melhor
que possam adquirir ou parecer. É uma tentativa desesperada e angustiante de
abrandar o Caos de suas vidas.
Na verdade os cosméticos apenas
aprimoram a aparência de uma pessoa por fora, mas não intimamente. Você é o que
é, e não há nada neste mundo, humanamente falando, que possa mudar o seu
interior. Em 1ª Cor 7.31 lemos que a “...aparência deste mundo passa”,
mostrando-nos que tudo o que se relaciona com aquilo que há no mundo em que
vivemos um dia passa, sucumbe, acaba, se dissipa, afinal “Toda carne é como a
erva, e toda a sua glória, como a flor da erva; seca-se a erva, e cai a sua
flor” (1ªPe 1.24).
Assim, é bem melhor é conhecer a
Verdade e por ela ser liberto, deixando de lado a aparência que é vil e fútil e
passar a viver em plena transparência de vida. A afirmação de Cristo é factual:
“e conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”. Esta Verdade nos adverte
com a excessiva preocupação com o exterior e nos aponta o caminho para uma nova
vida que valoriza a essência do ser e que liberta a humanidade do penoso e
opressor jugo da aparência.
Libertemo-nos da aparência,
busquemos a essência e vivamos em paz!
Matheus Felipe Santiago
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