Que bom seria se a palavra compartilhar
tivesse sempre relação com o ato de doar, dividir e socializar.
Que bom seria se a palavra postar
viesse conectada ao ato de se defender uma ideia útil e realmente proveitosa ao
meio comum...
Que bom seria se a palavra curtir
tivesse relação com o ato de tornar mais duradouro e menos perecível aquilo que
é de valor e que igualmente sinalizasse a alegria de se viver os bons momentos
da vida...
Seria excelente se as pessoas
cultuassem menos a si mesmas e aos seus feitos nas redes sociais e que ao invés
de fazerem check-in por onde passam, apenas com o propósito de
dizer que lá estiveram, fossem àqueles lugares em que normalmente as luzes não
se acendem, os flashes não piscam e as câmeras não estão presentes...
Que bom seria se a palavra status
registrasse menos daquilo que muitos tentam ser na aparência, passando a testemunhar
mais o que está na essência e lembrando-se da máxima que diz que mais
importante do que aquilo que falamos é a forma como os outros ouvem e veem
aquilo que somos...
Que bom seria se a palavra mensagem
fizesse apologia a coisas mais justas e menos egocêntricas e que tivesse como
propósito, alegrar e consolar tantos que andam cansados e sobrecarregados...
Que bom seria se a palavra solicitar
estivesse ligada ao desejo de se fazer novas amizades e que assim as pessoas ficassem
mais ocupadas em rever e conhecer amigos do que especular o alheio para a
critica posterior...
Vive-se o tempo do culto do
amador e da época da sabedoria das massas. Multidões tornam-se escravas do
universo digital, preferindo sua pseudo-vida
das redes sociais à sua real vida cotidiana.
É tempo de rever nossa condição
de criadores (pessoas) diante da criatura (mundo digital), por que se não refrearmos
nossos gostos e intenções estaremos fadados ao fim repetindo o erro daquele que
foi destruído pelo próprio monstro que criou.
Matheus F. Santiago
Nenhum comentário:
Postar um comentário